Capitulo 3: O lago

Chegando em casa eu peguei meu diário e comecei a escrever:

“Querido diário,

                Estou muito feliz hoje não sei por que, acho que um menino está gostando de mim e aos pouquitos eu to gostando dele. Minha amiga Bone não vai me deixar em paz enquanto eu não assumir isso então.. Mesmo que não seja pra ela eu grito: TE AMO LYSANDRE!

                Rs.. Hoje foi um dia bom, fui à escola normalmente e não me aborreci. As meninas que eu conheci são bem legais eu morro de curiosidade de saber de quem elas gostam mais.. Tenho um pouquinho de vergonha de perguntar. Emilly vai me dar uma patada no começo eu sei disso ela é difícil de conviver mais eu dou um jeito da gente se acostumar.. Afinal ela me salvou da vaca loira (Ambrela)..”

-KELEY!-Gritou minha mãe me fazendo para que escrever.

-Qui é mãe?!-Gritei de volta.

-JANTAR!-Ela gritou lá de baixo, eu larguei o diário e sai correndo. Nós jantamos e conversamos um pouco sobre a escola e minhas amigas não sei o que há de bem nisso. Subi e esperei um pouquinho depois fui dormir, acordei tomei um banho e me arrumei, desci pra tomar café. Tomei rapidinho e apareci lá fora bem na hora que a Bone ia gritar, a gente foi pra escola e encontramos com Victoria e Emilly no meio do caminho, entramos e no corredor:

-Victoria posso te fazer uma pergunta?-Perguntei.

-Já fez uma. -Ela me respondeu sorri e continuei:

-Você gosta do Castiel?-Ela corou até a raiz dos cabelos.

-A-Acho que s-sim porque?-Ela está gaguejando sinal de fraqueza..Rs

-Nada. -Entramos na sala e eu e Bone nos sentamos no lugar de sempre. Lysandre e Castiel sentaram atrás da gente, Victoria e Emilly na mesa do lado.

-Bom dia crianças!-Disse o professor Faraize entrando na sala. Crianças?!-Hoje vamos estudar as pirâmides. -Ele passou um texto gigante na lousa e a gente teve que copiar tudo, eu estava morrendo de tédio de copiar aquilo. –Vocês sabem qual é o formato geométrico das pirâmides?

-Quadrilátero né fessor?-Zoou Castiel fazendo todo mundo rir.

-Acho que está a fim de ir dá um OI a diretora né Castiel?-Puts ferrou pra ele.

-Valeu mais eu já falei com velha hoje. -O professor ia responder quando Victoria disse:

-São triângulos professor. -Ele sorriu.

-Deve um obrigado a Victoria. -Ele continuou a aula e Castiel olhou pra Victoria e sorriu, está corou de imediato. O sinal tocou fomos ao intervalo, fizemos uma rodinha embaixo da arvore: Eu, Bone, Victoria, Emilly e o Ken.. Sim o linguinha do Ken.

-Victoria conta ai. -Disse Bone dando um tapinha camarada no ombro dela. -Tu salvaste o Cas porque tá interessada no produto né?

-Claro que não. -Ela respondeu muito corada. -Eu só.. Respondi.

-Sei. -Disse Emilly.-E você Kelley não vai assumir que gosta do Lysandre?

-Sim. -Respondi e a reação delas: O.O-Eu gosto do Lys.

-Lys?-Perguntou Bone.-Já ta assim?-A gente riu e conversamos mais um pouquinho, a Bone e o Ken parecem irmãos, ela ficava roubando as bolachas dele e ele ficava roubando as dela. Duas crianças os dois juntos. O sinal tocou e subimos pra sala. Um papelzinho vôo na minha mesa. A Emilly que jogou:

“Que tal um passeio no shopping amanhã?”-Eu mostrei pra Bone e ela confirmou fazendo sinal de positivo.

“A gente se encontra lá!” - Mandei de volta e elas fizeram sinal de positivo. Estávamos na aula de matemática, acho que hoje é o primeiro dia que a Ambre não dá trabalho pra gente. O sinal da saída tocou a gente saiu. Estávamos no caminho de casa quando:

-Estão com a mesma impressão que eu?-Perguntei.

-De estar sendo seguida?-Perguntou Bone.-Se for estou... E to ficando com medo. –A gente olhou pra trás e não viu ninguém. –Credo. -Disse Bone fazendo o sinal da cruz, a gente foi pra casa rapidinho e morrendo de medo. Eu entrei e na estrada nem tinha colocado a minha mochila no sofá e o Adriano já começa a encher o saco:

-Tira daí eu vou sentar. -Ele tava me empurrando pra sair de lá.

-Vai se ferrar garoto. -Respondi. -Eu cheguei primeiro.

-A bolsa não tem bunda pra sentar. -Ele jogou minha bolsa no chão?! Que tipo de irmão faz isso?

-Seu chato. -Mostrei língua pra ele e subi as escadas coloquei minha bolsa no quarto e desci, tenho que convencer meu pai a liberar a grana agora. -Paizinhoo..

-Vixi.-Ele começou.-Se quer dinheiro né?-Ele já me conhece.

-Ué como se sabe?

-Paizinhoo.-Ele imitou minha voz de um jeito muito engraçado eu comecei a rir.

-E ai vai liberar o Money?-Perguntei já sabendo que ele ia dizer um sincero NÃO.

-Só tenho 200 e o cartão de crédito que você só pode passar 300. -Uia tá bom, viram meu papis é o Silvio Santos..Rs

-Guarda que amanhã eu vou gastar no shopping com as meninas..-Eu dei um beijinho na bochecha dele e subi pro meu quarto. Comecei a escrever:

“Querido diário,

                Sinto-me bem hoje, amanhã vou ao shopping com as meninas e eu tive que convencer o chefe a soltar a grana. Rs. Não foi tão difícil assim. As meninas já sabem que gosto do Lysandre, só falta ele saber. E eu to muito curiosa será que ele vai me dar um poema mesmo?

                Que sono, pena que ainda está de tarde. Eu vou descer e ver o que tem pra fazer. Beijinhos eu te conto tudo amanhã não fique curioso demais em?!Rs.”

Desci e fui atrás de alguma coisa pra fazer, eu tava irradiando felicidade. Sai de casa e fui à praça eu comecei a atirar as pedrinhas no lago. Eu vi uma pedrinha passar e quicar varias vezes antes de afundar. Eu olhei pra trás e o Lysandre estava de pé sorrindo pra mim.

-As pedrinhas são bem atraentes não acha?-Ele sentou ao meu lado.

-Pois é. -Respondi, ficamos os dois vendo quem conseguia fazer a pedrinha quicar mais vezes. Fizemos isso a tarde e já estava à noite esfriando e eu morria de frio. -Acho que eu vou voltar pra casa.

-Que que eu te leve?-Ele perguntou.

-Não é necessário eu vou sozinha. -Ele fechou a cara do nada.

-Que tipo de homem você acha que eu sou?-Isso foi uma indireta. -Está tarde e não é bom uma moça como você sair por ai sozinha.

-Tudo bem senhor indireta. -Respondi. Ele se levantou e me acompanhou até em casa. -Obrigada Lysandre. -Eu entrei em casa e meu pai tava em pé na frente da porta. Ele gritou pro Lysandre lá fora.

-VEM AQUI CABA. -Eu tava morrendo de vergonha, sabia que ele me trazer num ia ser nada bom, meu pai é nordestino e nessas horas as raízes se revelam sabe? Foi um mês pra ele me deixar entrar em casa com meu antigo namorado. O Lysandre foi e meu pai o botou pra dentro de casa, sentou ele no sofá e me sentou do lado. -Que tipo de roupa é esse senhor?

-Vitoriana. -Respondeu Lysandre naquela calma que só ele tem. Eu tava muito vermelha meu pai nunca me deixar namorar ninguém eu tenho 16 anos sabia?

-Na minha terra isso é roupa de baitola.-O Lysandre não respondeu nada.-Kel tem certeza que seu namorado não é gay?

-Ele não é meu namorado. -Defendi-me. E o Lysandre corou.-E também não é gay.

-É a gente é só amigo. -O Lysandre entrou em desespero.-Ei eu não sou gay não!

-Que tipo de amigo trás amiga pra casa sem querer nada?-Perguntou meu pai.

-Meu tipo de amigo. -Respondeu Lysandre, ele tava mais vermelho que os cabelos do Castiel.-Eu tenho que ir senhor.-Ele se levantou e meu pai fuzilou ele com o olhar. -Ou eu posso ficar.

-Pai deixa de ser ridículo. -Falei eu puxei o Lysandre pra fora. -Acho melhor você ir embora a conversa dele vai durar a noite toda. -O Lysandre fez que “sim” e saiu.

-Senhorita Keley.-Chamou-me meu pai.-Alguém te deu permição para namorar?

-Eu não to namorando. -Me defendi. -E mesmo que eu tivesse eu tenho 16 anos ta bom?-Eu subi pro quarto e contei tudinho no diário. Aff, meu pai acha que eu vou ter seis anos pra sempre. Dormi e fiquei esperando a ligação da Bone pra gente ir se divertir no shopping não vejo à hora.